SAP Core: O Que Todo Diretor de TI Precisa Saber sobre Arquitetura e Modernização

SAP Core: O Que Todo Diretor de TI Precisa Saber sobre Arquitetura e Modernização


No ambiente corporativo atual, a estabilidade e a capacidade de evoluir do ERP são fatores decisivos para a competitividade. Entender o que constitui o sap core e como ele se relaciona com as camadas de extensão e integração ajuda a planejar projetos de modernização com menos riscos e melhor custo‑benefício. Nesta publicação, você encontrará conceitos práticos, exemplos de componentes reais e orientações para que as decisões de arquitetura e manutenção sejam alinhadas às necessidades do negócio.

1. Definição e Importância do  SAP Core

O sap core é o conjunto de funcionalidades padrão que roda diretamente no SAP S/4HANA ou no SAP ECC, responsável pelos processos centrais de finanças (FI), controle de materiais (MM), vendas (SD) e produção (PP). Manter esse núcleo sem alterações diretas — substituindo customizações por extensões via BAdIs, Business Configuration Sets ou Custom Fields & Logic — garante que atualizações, Support Packages e Service Packs sejam aplicados de forma mais rápida e sem retrabalho.

Ponto de atenção: sempre que considerar um ajuste, verifique se há um BAdI padrão (por exemplo, ME_PROCESS_PO_CUST para pedidos de compra) antes de recorrer a tabelas Z ou includes de código.

2. Componentes Arquiteturais Essenciais

O SAP Core baseia‑se em camadas distintas:

  • Base de Dados HANA: in‑memory para acesso ágil e análises em tempo real.
  • Camada ABAP Application Server: onde residem os módulos SAP clássicos e os objetos de dados mestres.
  • Fiori Front‑End Server: disponibiliza os aplicativos UX modernos, sem modificar o core.
  • SAP Gateway: viabiliza serviços OData para integrações mobile ou web.

Cada componente tem papel claro: o servidor HANA trata de performance, o Fiori entrega usabilidade e o Gateway gerencia APIs. Juntos, eles sustentam toda a operação sem comprometer o sap core.

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3. Estratégias de Modernização

Para evoluir a plataforma sem “quebrar” o núcleo, siga estes passos:

  1. Inventário de Customizações: utilize o SAP Landscape Management e o SAP Solution Manager para mapear Z‑tables, user exits e BAdIs em uso.
  2. Substituição por Extensões In‑App: aplique o framework Custom Fields & Logic e Core Data Services (CDS Views) para atender requisitos sem alterar objetos padrão.
  3. Uso de APIs SAP BTP: deslocar integrações externas para o SAP Business Technology Platform, diminuindo cargas no ambiente principal.

Com essa abordagem, cada mudança fica documentada e isolada, facilitando testes de regressão e atualizações futuras do sap core.

4. Clean Core e Governança de Mudanças

Manter o sap core livre de código legado evita que o acúmulo de Z‑objects torne o sistema lento e instável. Para isso, implante:

  • Políticas de Revisão Semanal: reuniões curtas para analisar novas solicitações de customização.
  • Catálogo de Extensões Aprovadas: lista de BAdIs, Enhancement Spots e Serviços OData autorizados para uso.
  • Processo de Compliance: uso do SAP Change Request Management (ChaRM) no Solution Manager para controlar transportes e versões.

Essa governança disciplinada garante que cada alteração siga um fluxo claro, reduzindo surpresas em um upgrade de núcleo.

5. Modelos de Infraestrutura: On‑Premise x Cloud

A arquitetura do sap core se adapta a diferentes cenários:

  • On‑Premise: máxima customização e controle, indicado para empresas com requisitos regulatórios estritos.
  • Private Cloud: similar ao on‑premise, com manutenção terceirizada pela SAP ou parceiro, liberando a TI interna de tarefas de infraestrutura.
  • Public Cloud (S/4HANA Cloud): entrega contínua de inovações pela SAP, com roadmap de atualizações semestral e acesso imediato a novas funcionalidades.

Cada modelo impacta governança e ritmo de implantação de extensões; escolha o balanceamento ideal entre flexibilidade e velocidade de inovação.

6. Monitoramento e Performance

Para assegurar que o sap core continue performando bem, utilize:

  • ST03N e ST05: análise de workloads e SQL Trace para identificar transações lentas.
  • SAP EarlyWatch Alert: relatórios automáticos de saúde do sistema, que destacam gargalos de CPU, memória e I/O.
  • SAP Focused Run: para ambientes de missão‑crítica, oferece dashboards em tempo real de disponibilidade e erros.

Com esses relatórios, você monitora indicadores como tempo de resposta de transações críticas e resolve proativamente eventuais degradações de performance.

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7. Roadmap de Atualizações e Evolução Contínua

Um diretor de TI precisa planejar ciclos anuais de revisão do sap core. Siga estas diretrizes:

  1. Planejamento de Upgrades semestrais ou anuais conforme o modelo de nuvem adotado.
  2. Testes Automatizados: implemente eCATT ou CBTA para validar cenários de negócio após cada patch.
  3. Capacitação Contínua: treine a equipe em novas Fiori Apps, CDS Views e extensões no SAP BTP.

Esse roadmap mantém sua plataforma alinhada às inovações SAP, garantindo que o cerne do sistema permaneça estável e preparado para as demandas futuras.

8. Segurança e Conformidade no SAP Core

A segurança da informação e a conformidade regulatória são pilares indispensáveis para qualquer ambiente corporativo, especialmente quando falamos do sap core. Para proteger dados sensíveis e garantir atendimento a requisitos como GDPR e LGPD, é preciso adotar uma abordagem multifacetada:

  • Controle de Acesso Baseado em Funções (PFCG): o SAP permite definir perfis de autorização estritos, vinculando diretamente transações, relatórios e objetos de dados a papéis bem desenhados. Com isso, usuários veem apenas o que precisam para seu trabalho diário, reduzindo o risco de acessos indevidos.
  • Segurança de Conexão e Criptografia: utilizando canais seguros (HTTPS), certificados digitais e SNC (Secure Network Communication), as comunicações entre cliente e servidor ficam protegidas contra interceptações e ataques man‑in‑the‑middle.
  • Audit Trails e Logging: transações como SM20 (Security Audit Log) e ST03N podem ser configuradas para registrar atividades críticas — desde alterações em dados mestres até execuções de programas. Esses logs são essenciais para investigar incidentes e comprovar conformidade em auditorias.
  • Data Masking em Ambientes de Teste: ao copiar produções de dados reais para sistemas de desenvolvimento ou QA, aplique técnicas de “desidentificação” para proteger informações pessoais sem comprometer a qualidade dos testes.
  • Patch Management e Correções de Segurança: mantenha o núcleo do sistema atualizado com Support Packages e SAP Notes relacionadas a vulnerabilidades. Ferramentas como o SAP Solution Manager simplificam essa tarefa, sugerindo pacotes prioritários com base na criticidade do seu ambiente.

Implementar essas práticas assegura que o sap core permaneça um ambiente confiável e resiliente, suportando o crescimento do negócio sem expor a organização a riscos desnecessários.

Invista na experiência, simplifique sua vida! 

 Para um diretor de TI, compreender o sap core é o primeiro passo para arquitetar um ERP sustentável, seguro e ágil. Ao combinar políticas de Clean Core, infraestrutura adequada e monitoramento ativo, sua empresa terá uma base sólida para crescer sem os entraves típicos de ambientes excessivamente customizados. Na Simple Vision It, combinamos mais de uma década de experiência em projetos SAP com uma equipe certificada em SAP S/4HANA, SAP Fiori e SAP Business Technology Platform, o que nos permite antecipar tendências e trazer inovações de forma segura aos nossos clientes. Conte com a experiência da Simple Vision It para te guiar nessa jornada e maximizar o retorno sobre o investimento em SAP.

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