IA no SAP: como diretores de TI podem acelerar inovação e eficiência em larga escala

IA no SAP: como diretores de TI podem acelerar inovação e eficiência em larga escala

A transformação digital deixou de ser opcional — e a IA no SAP é hoje um dos vetores mais práticos e com retorno mensurável para executar essa transformação. Nesta publicação apresentaremos um roteiro prático, orientado a resultados, para diretores de TI que precisam escalar inovação e eficiência usando os recursos de IA que já estão chegando — e sendo integrados — ao núcleo dos ambientes SAP. 

Por que IA no SAP é uma alavanca estratégica agora

SAP vem integrando capacidades de IA diretamente em seus produtos cloud e na plataforma BTP, oferecendo desde serviços de ML pré-treinados até assistentes generativos e orquestração para modelos. Essas ofertas não são apenas “experimentos”: a SAP anunciou e consolidou um portfólio chamado SAP Business AI e serviços associados para colocar IA dentro de processos críticos (finanças, cadeia de suprimentos, RH e atendimento). Para diretores de TI isso significa poder automatizar decisões operacionais, reduzir trabalho manual e criar assistentes que falam a “língua” dos processos corporativos. 

5 passos para acelerar IA no SAP

1 — Priorize casos de uso com retorno rápido e dados disponíveis

Comece a implantar a IA no SAP, mapeando processos onde existe grande volume de exceções, alto custo humano ou latência na tomada de decisão (ex.: reconciliação financeira, exceções de faturamento, previsão de demanda na cadeia de suprimentos). Um piloto que reduz um gargalo em 20–30% costuma ser mais convincente internamente do que centenas de proofs-of-concept que não chegam a produção.

2 — Use as capacidades nativas antes de reinventar a roda

SAP oferece hoje componentes como SAP AI Core (para orquestração e operacionalização de modelos), SAP AI Business Services (serviços prontos para tarefas empresariais) e o copiloto Joule, projetado para atuar junto aos usuários nos processos de negócio — aproveitar essas peças reduz tempo-to-value e aumenta governança. Integrar modelos externos é possível, mas usar as capacidades nativas acelera a governança, compliance e integração com dados harmonizados do ERP. 

3 — Arquitetura de dados: harmonização como pré-requisito

A qualidade das respostas de IA é limitada pela qualidade dos dados. Invista em harmonização de dados (master data, modelos semânticos, pipelines de ingestão) dentro do SAP HANA / BTP. Uma camada de dados bem desenhada permite “grounding” das respostas gerativas em fatos (dados contábeis, estoques, contratos) — reduzindo riscos de alucinação e aumentando utilidade prática.

4 — Segurança, privacidade e soberania de dados

Para indústrias reguladas e setores públicos, a soberania é crítica. SAP tem trabalhado parcerias com provedores de nuvem e até acordos regionais para oferecer capacidades seguras e locais (ex.: iniciativas de nuvem soberana e parcerias estratégicas). Diretores de TI devem mapear requisitos legais (LGPD, GDPR, regras setoriais) e escolher modelos/infraestrutura que atendam esses requisitos antes da implantação. 

IA no SAP: como diretores de TI podem acelerar inovação e eficiência em larga escala

5 — Organize governança e ciclo de vida de modelos

Crie comitês que juntem arquitetura, segurança, compliance, business owners e engenharia de dados. Defina métricas (precisão, custo por transação, tempo de resolução, taxa de intervenção humana) e cadencie revisões. Use pipelines de CI/CD para modelos (deploy, monitoramento e rollback). SAP AI Core e serviços adjacentes oferecem funcionalidades para operacionalizar esse ciclo em ambientes SAP. 

Como medir sucesso: KPIs orientados ao negócio

  • Redução de esforço humano (horas/mês) em processos automatizados.
  • Tempo médio de resolução de exceções (MTTR).
  • Precisão das previsões de demanda / estoque (MAPE, RMSE).
  • Valor econômico: custo evitado + receita incremental atribuível à IA.

Associe cada KPI a um dono de processo e a um objetivo trimestral; relatórios mensuráveis facilitam o patrocínio executivo.

Arquitetura recomendada (alto nível)

  1. Camada de ingestão: conectores SAP (S/4HANA, ECC, Ariba, SuccessFactors) + dados externos.
  2. Data Lake / HANA: harmonização e modelagem semântica.
  3. Plataforma de IA: SAP AI Core para orquestração, AI Business Services para serviços prontos, e opção para integrar LLMs gerativos externos quando necessário.
  4. Camada de consumo: copilotos (ex.: Joule), dashboards e APIs para automações RPA/ERP.

Riscos comuns e como mitigá-los

  • Alucinação de modelos generativos: mitigar com grounding em dados transacionais e regras de verificação (checks automáticos contra fontes de verdade).
  • Problemas de dado: um “data contract” entre negócio e TI evita surpresas.
  • Sobrecarga de iniciativas pilotos: controlar número de pilotos simultâneos e exigir plano de produção antes de escalar.
  • Governança insuficiente: adotar políticas claras de versionamento, explicabilidade e auditoria.

Exemplos práticos de impacto (e evidências)

  • SAP relatou avanços e lançamentos de funcionalidades de IA integradas aos seus produtos cloud e anunciou centenas de capacidades generativas disponibilizadas em 2024–2025, mostrando que já há funcionalidades maduras para uso corporativo. Implementações em empresas demonstraram ganhos em automação de suporte e redução de custos operacionais ao embedar IA nas aplicações core. 
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Parceiros e ecossistema: por que contar com eles

Grandes provedores de nuvem (Microsoft Azure entre outros) e parcerias estratégicas com fornecedores de modelos ajudam a escalar de forma segura. A integração entre a infraestrutura de nuvem e os serviços SAP acelera a disponibilidade de GPUs/infra para treinar e servir modelos e facilita iniciativas de soberania de dados quando necessário. Avalie parceiros que tenham experiência comprovada em projetos SAP + IA. 

Roadmap sugerido para os próximos 12 meses (nível executivo)

  1. Meses 0–3: inventário de dados/processos, seleção de 2–3 pilotos de alto impacto.
  2. Meses 3–6: implementar pilotos usando SAP Business AI e SAP AI Core; medir KPIs iniciais.
  3. Meses 6–9: revisar governança, endurecer pipelines de dados e preparar automações para produção.
  4. Meses 9–12: escalar os casos que comprovarem ROI e integrar ao roadmap de transformação digital.

Esse ritmo de aplicação da IA no SAP, promove a governança, aprendizado e resultados rápidos — e evita o “piloto-forever” que consome budget sem retorno.

Como o diretor de TI deve agir hoje

A IA no SAP deixou de ser promessa e virou instrumento prático para transformar processos e reduzir custos. O papel do diretor de TI é orquestrar dados, escolher as capacidades nativas quando fazem sentido (para acelerar governança e integração) e montar uma governança que transforme pilotos em valor repetível. Comece pequeno, meça constantemente e exporte sucesso para outras áreas. Implementações bem-sucedidas aproveitam tanto os serviços prontos da SAP quanto integrações estratégicas com provedores de nuvem e modelos externos, sempre preservando segurança e soberania de dados.

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